sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ensaio sobre os desejos da Vênus - Parte1

Mulher, do seu singular latim mulier, ser que por social segurança muitas vezes se coloca ininteligível, inacessível, ser humano do sexo feminino, que em sua infância denominada menina e na adolescência chamamos moça, ou rapariga, termo no Brasil ate pejorativo dependendo da perversão imposta pela língua, dependendo do seu uso propositado, pratico ou lingüístico. Em sua transição sócio-cultural de menina para moça, de moça pra mulher envolve critérios biológicos tão rebuscados quanto o entendimento popular pode alcançar, mas seu afloramento aos desejos mais saborosos vem sempre ao início de sua menstruação, como se seu corpo ao final gritasse ao mais alto falante, “Estou pronto pro...” e sua inconsciente mente pervertida pensa "in out, in out, in out...", e pequenos combates elétricos promovem o desejo e a vontade de se descobrir mesmo em pequenos e delicados toques casuais, como nas teclas pretas do piano, em Ré, pra ser mais preciso. Seu símbolo é uma representação do espelho na mão da deusa Venus, deusa do amor, da beleza e do prazer na mitologia romana, equivalente a Afrodite na mitologia grega, ♀, na antiga alquimia o símbolo do cobre, o circulo representando o espírito sobre uma cruz eqüilateral representando a matéria, espírito, matéria, sentimento, corpo, sentidos, carne, desejos, prazer, cobre vermelho que da fome, vontade de comer, seios cabelos, olhos, cheiro, pele, roupa, caminhar, olhar, sentir, cheirar, tocar, tocar, tocar, em sua pura virgindade, excêntrica para os padrões atuais, tudo é conceitual, uma fita no cabelo, saia baixa, ou curta, por mostrar as pernas, ou largas ancas, tudo usado de forma conjunta a promover o combate de fronte aos desejos masculinos, instigando o desejo a caça, seja ela de mini-saia ou burca, blazer ou vestido, o intuito é apenas um, seduzir para procriar, mesmo que a procriação seja frustrada pela vasta tecnologia em não permitir fazer bebe. Hoje nenhuma, amanhã algumas, noutro dia apenas uma, pra fazer de companhia por longas datas, assim se fez no início, vinda da costela de adão, alusivamente representada em sua simetria ao ideal masculino, como as costelas, dispostas simetricamente, em condições normais, uma oposta a outra, em cada lado do peito, e assim deve ser, mulher para homem, seio sobre peitos, mesmo que um homem tenha varias costelas ou nenhuma, ao final tudo é prazer, desejo, reluta, sacies, em busca de um complemento que preencha a essencial cavidade feita com dúbio propósito, e intuitos conflitantes para algumas religiões, deleite ou procriação? Procriação ou deleite? Particularmente? Prazer e deleite. E por que não os dois, ou os três, deleite, procriação e prazer, e assim se fez o céu, e no sétimo dia descansou e a melhor obra de todas ele guardou, a Vênus. E onde estará a Vênus? em seu mais puro e verdadeiro desejo de fazer o mais incrível dos prometidos e divino prazer.


2 comentários:

  1. Muito bom, adorei a forma de escrever, e a narrativa muito bom, parabéns, e a Parte 2? quando vem?...vou acompanhar...(Marcela Pety)

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  2. Serjãaaao e suas narrativas *-* quero ver a continuação (y'

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Le Pari: Capitulo Final - A Queda

A saída...o salto...o vento...tudo muito inesperado e vivido como se tem que ser vivido, cada segundo de duvida seguido por sentimentos...