A saída...o salto...o vento...tudo muito inesperado e vivido como se tem que ser vivido, cada segundo de duvida seguido por sentimentos múltiplos e inexplicáveis de conflitos internos e intermitentes, tantos sentidos se misturando que me parecia ate um só, todos juntos já deixavam tudo dormente, da ponta dos dedos ao nó na garganta, acho que dor talvez seja isso, a junção de todos os sentimentos que muitas vezes te faz a te chorar, prevalecendo o vencedor dessa grande batalha como sendo a tristeza, como o mais forte sentimento a se expressar em nosso rosto, todos os outros? Conseguimos fingir, e alguns ate usar como mascara, mas o chão se aproxima o momento de puxar a corda chegou, não adianta mais pensar sobre abrir ou não abrir, aproveitar ou não a queda, sentir ou não sentir, qualquer coisa que seja, tenho apenas que puxar, o som do clique ao puxar a corda e como um estrondo em meu peito, como um falante ligado a toda pressão do grave, a ansiedade de se ouvir o desenrolar do pára-quedas sobre minha cabeça é tanto que por imaginação posso ate pensar ter ouvido, me engano, e como um estrondo de em palo seco sinto meus ossos atravessar minha carne, e num quique meu corpo em frangalhos sobre ao céu por alguns vários centímetros e volta a cais, minha cabeça é a única parte que posso perceber quase intacta, rolando, afastando-se do meu corpo, posso ver ate minha perna a alguns metros por alguns segundos antes sentir qualquer tipo de dor, sinto agora de verdade o gosto do barro entre meus dentes, mas agora a única coisa que me preocupa e ter que me reconstituir novamente e pensar em quando será o próximo salto? Ao Longe vejo o premio que seria meu, olhando pro lado em repulsa pra não ver o que sobrou de mim após a queda, e lembro o quanto divertido seria se tudo desse certo e o beijo eu tivesse caso tivesse o pára-quedas aberto, levando seu sorriso lindo embora, então tudo se faz claro, e volto a mim em duvidas e de forma agradavelmente ácida finalmente percebo quem de fato dobrou meu pára-quedas.... FOI ELA!!
Projeto Ambigrama
Um olhar para duas perspectiva, dois conceitos em um mesmo observador.
quarta-feira, 7 de março de 2018
Le pari: Só na saída
Estou as portas do salto sem de fato saber se devo pular, mas ao som dos gritos de incentivo, motivando-me a entrar nessa, eu salto, mesmo tendo ainda a grande duvida se esse pára-quedas vai abrir, ate mesmo por não ter sido eu o “dobrador”, mas por tantas vezes já saltei, muitas ate sem o pára-quedas, foi perna pra todos os lados, mas já me regenerei, ficaram algumas cicatrizes da queda, mas como dizem que as mulheres gostam de homens com cicatriz, deixa estar a perceber, ao menos desta vez tenho a duvida da abertura a favor do meu próprio consolo.
Na saída tudo foi tranqüilo, e correu na mais perfeita alegria, deixei-me levar por ela e saltei, pude ate sentir o vento frio da tragicômica queda tocar meu rosto, em contraponto a me dar segurança, podia quase sentir o calor da palma de sua mão a apertar a minha, mesmo estando só nesse salto, em meio a tanto êxtase provocado pelo salto, dentro de mim era travada uma grande batalha de todos os sentimentos possíveis, procurando um espaço de privilegio em meu peito, só por vaidade de se fazer transparecer em meu rosto, por que tanta vaidade em algo tão abstrato como sentimentos? Medo, Felicidade, Ansiedade, Angustia, Alegria, Vaidade, Orgulho, Tristeza, Melancolia, todos brigando por seu espaço, sempre algum prevalecendo, mas em meio a tudo isso a grande interrogação não saia de nosso rosto, qual iria vencer ao final? Será que chegarei ao chão em segurança e pára-quedas abertos? Era o que eu esperava, mas o que fortalecia o medo era o fato de, como sempre, eu estar mais uma vez só na saída.
Le pari: Ao Vento
A aventura de se deixar levar por um sentimento, seja ele qual for é um risco incalculável a sanidade mental e ao equilíbrio emocional de qualquer pessoa que julgue-se em seu devido eixo emocional, quase como acordar de uma noite mal dormida, com uma puta dor de cabeça e num piscar de olhos se ver a porta de um avião preste a saltar sem sabem quem dobrou o para-queda, com a duvida se realmente ele vai abrir, e mesmo com essa duvida mortal você se lança ao vento de peito aberto.
Hoje começo a contar a saga desse salto...
Le Pari: Capitulo 1 - Aproximação ao chão
Estou em queda livre, tanta coisa esta passando por minha cabeça agora, como na velocidade do vento que corre por minha orelhas, que nem sei em que pensar primeiro, na queda, com minhas partes expostas, na agradável sensações do vôo, digo aproveitar o momento e toda a felicidade neste instante presente, ou se fico me preocupando se o pára-quedas vai ou não abrir, tem momentos como os de agora que paro pra pensar em aproveitar todo esse êxtase que me provoca transe, e curtir a queda ao Maximo que puder, e enquanto tiver em meus pulmões o ar, mas de supetão vem a lembrança que uma hora o chão chega, que inclusive esta chegando rápido de mais, mas quando penso nela a aflição aumenta é quando vem a ansiedade e o desejo incontrolável que o pára-quedas se abra, e chegue logo o momento de puxar a corda, e quando chegar ao chão receba o beijo como recompensa, mas isso me aflige de tal forma que por vezes tomei atitudes precipitadas de acelerar minha queda, como inclinar minha cabeça em direção ao solo, juntando meus braços ao corpo e unindo as pernas com o objetivo reduzir a arrasto e aumentar a aerodinâmica, que no meu caso da trabalho, e acelerar o momento que terei que puxar a corda, e me esqueço que se estiver rápido de mais e o pára-quedas abrir ele pode rasgar e vou estourar no chão do mesmo jeito, é quando vem a duvida, relaxo e deixo cai, para o caso do pára-quedas abrir e tudo correr bem? ou penso só na queda e acelero o momento, pois o pára-quedas não vai abrir mesmo? não sei, acho que vou esperar...o chão se aproxima muito rápido e já posso sentir o gosto do barro entre meus dentes, dizem que nessas horas finais volta a você a grande fé ancestral, digo ser verdade, pois rogo a Deus todas as noites antes de dormir, que se abra o pára-quedas e eu tenha uma decida suave ate o beijo premio da pessoa que esta La em baixo a me esperar, e já posso ver-la, mas será que ela pode me ver? Espero que abra-se o pára-quedas.
terça-feira, 9 de julho de 2013
Ensaio sobre o relacionamento não Efémero
Ensaio sobre o relacionamento não Efémero
Na linha “auto ajuda” pensei em discorrer sobre relacionamentos e a possibilidade de não enxerga-lo como fêmero é hoje em dia, e falar de relacionamento nos dias de hoje é algo tão démodé que a caretice do assunto faz muita gente olhar com desconfiança ao tema, faz deformar a face em desdém e em
geral, com m sorriso sem graça age com deboche a algo tão fundamental no ciclo natural das coisas, como se causasse algum tipo de desconforto ao deparar-se com a realidade da situação que envolve o convívio entre dois, eu sei é clichê, mas é inevitável não chegar a um lugar comum com um assunto tão chavão como tal este que conceituo, pode parecer clichê discorrer sobre esse tema, mas quanto mais eu penso sobre o
assunto mais sinto que à assunto a ser discorrido, principalmente em tempos tão tempestuosos para este como o que vivemos, onde cada dia mais e mais casais põe por terra projetos construídos, tendo que se refazer por não saber lidar com o convívio comum, a confidencialidade de suas intimidades expostas, discurso então, e de forma fria, sobre este assunto, que mesmo sendo tão clichê não deveria nem um pouco ser efémero como é tratado, com insignificante suntuosidade e relevância.
Todo animal, racional ou não tende ao curso natural de sua própria existência, nascer, crescer, reproduzir e morrer, age assim, naturalmente, ate certo ponto, pois diante de uma das etapas principais do processo, o
individuo, independente de seu gênero, age de forma irresponsável, e, em sua maioria, descompromissada por si só, entregando-se a pouco pudenda relação que deve haver ao sentido do reproduzir e morrer. Pode ate parecer retrogrado, para muitos hoje, pensar em ter alguém ao lado para o resto da vida, ate cafona para a maioria pensar assim, mas todos, todos, tendem a si só querer alguém, simples assim, querer ter ao lado, a mulher, ou homem, que vai lhe acompanhar para o fim de tudo, mas esquece tudo que isso representa, esquece que não é só ter ao lado para representar em sociedade um suposto bem sucedido lar, é ter o que não se tem, é querer o que se quer bem a si, e viver o que se vive em si mesmo, mesmo vivendo em outro o si que não pode ser vivido, é acordar e ver que em si só existe mais do próprio ser, e entregar-se ao capataz confiando a pedido do outro, da mulher que lhe é a perfeita, é olhar nos olhos e sentir tremer a alma, e pensar em responder e a resposta vir do outro como acalento vindo de você mesmo, é enxergar no outro você próprio e não achar graça em mais nada que não envolva os dois. Pensando sobre isso cheguei a conclusão que ludicamente existe 5 pilares que sustenta tudo o que o verdadeiro relacionamento representa, que toda a energia possível deve estar voltada para a sustentação desses, como verdade absoluta ao bem dos dois, se você parar e pensar enxergará que tudo envolve, CONFIANÇA, DEDICAÇÃO, FIDELIDADE/HORRA, SEGURANÇA e ATENÇÃO.
CONFIANÇA: Confie no outro, pois se estas ao lado deste por si só já é de se
confiar, confie cegamente, indiscutivelmente, irremediavelmente, incontestavelmente,
sem se quer pensar na possibilidade de não o fazer
de confiança, pois por si só
faz-se saudável o convívio eterno. Em geral este é o pilar mais frágil de se
manter, e o mais importante de todos ou outros sustentáculos, mas mantenha, sem
este nenhum dos outro sustentara.
DEDICAÇÃO: Esse é o mais dispendioso dos pilares, pois demanda tempo e energia.
A dedicação lhe fez querer ser no outro o que queres pra você, diria ate propositalmente,
ser este o mais próximo do que se diria amor, é você ser capaz de doar suas córneas
a ver a amada(o) não poder enxergar um linda flor que lhe presenteia, é você
ser capaz de fazer pela mulher dos sonhos o que você pensa não ser capaz de
fazer nem pra você mesmo, é conquistar todos os dias, como se conquistado no
primeiro dia, é abraçar lento todo dia, beijar lento todo dia, ouvir lento todo
dia, olhar forte todo dia, estar presente todo dia, e viver seu próprio dia
voltado para que o próximo dia seja o melhor dia dela ao seu lado.
FIDELIDADE/HONRA: Este vem com a dedicação, é você honrar a
divina dadiva de ter ela ao seu lado, é você, a todo momento, sentir a necessidade,
quase que incontrolável, de confidenciar todos os seu
sentimentos e segredos,
deixando assim de ser aos dois segredo, é ser capaz de expor ao outro todas as
verdades sem pudor ao ser feito, é olhar nos olhos e ter a segurança que o
outro é você em outra forma, é saber que as almas sentem os mesmos segredos
confidentes a um, sendo agora segredo de dois, é sentir a necessidade de ter ela,
e só ter a ela, e mais ninguém, é alimentar cada dia o desejo que ser
unicamente dela, e só dela, e não sentir falta de nada além dela. SEGURANÇA: É você deixar respirar o espaço entre os dois, é você saber que por mais que doa a saudade no peito, ele tem que existir, a saudade, é você saber que também é saudável saber que você é um e ela é outra, mas os dois, mesmo longe são um, é não sufocar com presença de mais, é saber não ter a compulsão, e controlar a abstinência da outra, pois a final ela também tem uma vida, é você saber estar
ATENÇÃO: É você saber que um pequena pedrinha do brinco dela caiu a 2 semana, é você saber do que ela gosta, das cores que gosta, das comidas que gosta, é você se importar com a rotina, é você olha nos olhos dela e de cara saber que ela tirou 2 centímetros dos seus cabelos, é ir as comprar com ela, mesmo que aquelas compras durem o dia inteiro e compre apenas um sapato, mas que aquele sapato tenha a sua
Concluo assim, simples e objetivo, encontre alguém que seja a mulher de sua vida e dedique-se de todo o sentimento, seja de tudo que seja dela, seja você nela e ela em você, atenha-se a verdade única e absoluta de que um foi feito pro outro, faça do envolvimento entre você algo de orgulhar-se, tenha a mulher para que todas as outras queram ser felizes como ela, e seja pra ela o homem que toda mulher gostaria de ser feliz como é a sua, e so sua, pois única é a mulher que você se faz único pra ela, e ela sera a única em séculos a ter vifvido um amor intenso como deveria, pensem nisso, Vale apena nos tempos de hoje ter um relacionamento de verdade, não efêmero.
sábado, 12 de novembro de 2011
Universo Paralelo: A palavra é ESCOLHA
Esta semana me dei à reclusão entre rochedos congelados que me fizeram abrigo como caverna, em uma montanha no Himalaia, ninguém pode imaginar quanto frio faz e quanto frio é entre esse rochedo, você pode ate pensar ser insuportável e imprópria a vida, mas quando você encontra um lugar quente dentro de você, qualquer neve corre como águas oriundas de fontes termais, e mesmo que seus dedos congelem e sua retina vitrifique em negativos graus, você ainda terá vida. Nessa minha solitária reclusão de aproximadamente quinze dias pensei muito sobre tudo o que se passa a nossa volta, pude sentir de forma visceral e sentimento próprio de solidão, por algumas horas pude sentir o abatimento da minha alma clamando por ter alguém aprovasse ou me recriminasse, alguém que me julgasse e que me condenasse, alguém que me odiasse e algumas vezes me amasse, ate perceber que nunca se esta só, pude perceber que mesmo que eu não sinta o cheiro da grama congelada ela ainda esta lá, e mesmo sentindo vendo a brisa gelada que toca meu rosto, ela ainda esta lá, e mesmo que eu queira acreditar que estou só por ninguém esta lá, ainda existe alguém lá, lá no fundo, basta apenas procurar um lugar quente e reconfortável dentro de você que alguém vai esta lá, e você não esta só.
"...independente do frio que faça, da neve que caia, tudo vai depender do caminho que você escolhe seguir..."
Durante todo esse tempo que passei “Só”, deixando minha retina vitrificar pelo frio extremo, a palavra ESCOLHA habitou aquela caverna de forma bem persistente nesse período que estive la”, pensei sobre caminhos, destinos e onde desembocaria o rio se a rocha tivesse rolado para a outra margem, e se eu não tive seguido a trilha à direita, em que rochedo eu descansaria, que musgo me alimentaria, será que me alimentaria de musgos, será que encontraria uma tundra tão verdinha para me recostar? Com isso pude perceber que nossa jornada é como caminhar por uma densa floresta, independente do frio que faça, da neve que caia, tudo vai depender do caminho que você escolhe seguir, tudo vai depender dos obstáculos que você vai remover, ou não, de sua trilha, isso vai lhe levar a um destino, uma tundra ou não que você vai se recostar, isso define de que forma você vai estar quando a trilha acabar, mas e se existissem um outro você, que nasceu no mesmo exato momento porem tomou decisões opostas, a física quântica aborda essa existência na forma de mundos paralelos.
"...se o universo é infinito, existe a possibilidade de existir outro ..."
Duas folhas de papel como mundos, e um alfinete, atarraxando as 2 folhas, apos atarraxar este fará parte dos dois mundos, mas o que definiu de que lado a cabeça do alfinete iria ficar será a sua escolha, mas como? Seria possível? Pensei então em matemática, probabilidade, se você tem um dado de seis lados e jogá-lo, existe uma probabilidade do numero seis cair, isso é fato, digamos que você tivesse 2 dados de infinitos lados, ao arremessá-los você teria também uma probabilidades na existência desses dados de eles caírem no numero um ao mesmo tempo, assim podemos pensar sobre nossa existência inseridos dentro do universo, se o universo é infinito, existe a possibilidade de existir outro planeta como a Terra, e se você existe, existe a infinita probabilidade de outro ser igual a você também existir na existência de outro planeta igual à Terra, assim como o numero um de um dado infinito.
Tudo isso faz pensar que existe um outro eu em algum lugar do infinito universo, e considerando que ele tomou as decisões diferentes das minhas nesta existência, neste universo, este outro eu tem uma vida completamente diferente da minha, e pode ser ate que ele tenha a vida que eu sempre quis ter, ou não, e não, ao mesmo tempo, pelas escolhas certas ou erradas, em sua maioria tenho que pensar em que universo eu quero estar em alguns anos, meses, dias, horas, ou minutos, tudo vai depender das escolhas que farei a partir de agora, decisões que me levaram, como o soprar do bater de asas de uma borboleta, a um destino diferente.
"...a pedra não vai rolar agora para a outra margem, criando um novo curso, mas novas pedras cairão..."
Eis que sinto em meu rosto congelado e de pouca sensibilidade uma brisa sofrear, e meus cílios me lembram que está na hora de voltar e ver se estou preparado para enfrentar todas essas escolhas que terei que tomar a partir de agora, para que, da forma mais trépida possível, eu possa manipular meu destino, mas será que estou pronto? Mais uma escolha a se fazer em decidir estar pronto ou não, sei que a partir de hoje, ao sair desse retiro himalaico, pensarei mais sobre decisões difíceis, e menos sobre fáceis decisões, a final a pedra não vai rolar agora para a outra margem, criando um novo curso, mas novas pedras cairão, tenho só que seguir esse curso e tentar posicionar minhas pedras quando rolarem, assim não perco tanto tempo tentando decidir sobre coisas banais pra fugir do óbvio, e ganho assim tempo decidindo sobre quando mudar o curso à direita ou a esquerda, fazendo a decisão “certa”, entre aspas coloco assim a palavra, pois a final não existe certo ou errado quando se trata de destino.
terça-feira, 20 de setembro de 2011
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